5 km e Caminhada
Correr 5 km ou Caminhar?
Se perguntarem se você é preconceituoso, tenho certeza que dirá que não. A palavra soa até ofensiva. Mas quase todo o ser humano é preconceituoso, pois o pré conceito significa ter uma ideia antecipada de algo. Qualquer coisa que nos falarem iremos tentar imaginar, e visualizar, e ter alguma ideia rascunhada sobre aquilo. Portanto, estaremos formando uma imagem antecipadamente, um preconceito. Dito isso, vou contar aqui alguns preconceitos que tinha e que a vida me ensinou a abandoná-los.
Qual a sua prova?
Já corri inúmeras provas, desde as de curta distância até maratonas. Em épocas de treinos para maratonas costumava desdenhar das provas curtas. Não entendia como alguém podia se inscrever para uma prova de 5 km, por exemplo. Nem mesmo de 10 km. Costumava dizer que não tirava o carro-corpo da garagem por menos de 21 km, que aquelas pequenas distâncias eu fazia como treino leve. Porém, depois de fazer várias corridas longas, passei a curtir treinos e provas curtas, sem tempo, sem stress, apenas para manter a saúde. São provas divertidas, em clima de família e confraternização. Em uma delas cheguei a encontrar inclusive um antigo amigo, que não via há anos, e por pouco não ficamos batendo papo durante a prova.
Caminhada também faz bem
Assim também foi com a caminhada. Tive um problema de saúde e fiquei mais de mês sem poder fazer nada de exercício. O médico recomendou que eu voltasse de leve, e por isso resolvi caminhar. Estou dando boas e longas caminhadas e descobri que, diferente da corrida, a gente pode observar melhor as coisas, as pessoas e descobrir a cidade na caminhada. Tudo passa mais devagar, enquanto o pensamento voa. É fantástico! E eu, que passava correndo por caminhantes e não entendia como alguém se contentava com aquilo, em vez de correr, que considerava muito mais legal?!
Corrida ou caminhada: as duas!
Para finalizar, posso dizer que hoje, quebrando esses preconceitos, me sinto mais livre. Posso escolher correr uma maratona, ou meia, ou 5km, ou caminhar… ou, quem sabe, não fazer nada. Preconceito, todo mundo tem, mas trabalhar o preconceito é o que nos liberta. Às vezes, nem é preciso optar. Podemos ficar com todas as alternativas válidas. Na corrida, na caminhada e na vida.